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Trabalhar para um bom líder é tão importante quanto um bom salário. É preciso equilibrar o pacote salarial com um ambiente que promova saúde mental e profissional


A satisfação com o ambiente de trabalho vai além do salário. Estudos mostram que o clima organizacional e a relação com líderes próximos e humanos são fatores decisivos para atrair e reter talentos. Um estudo da Amcham Brasil, realizado em parceria com a Humanizadas, revela que a maioria dos líderes empresariais brasileiros reconhece a importância do bem-estar e da motivação no desempenho das equipes. Dos 780 líderes entrevistados, 94% afirmam acreditar na relação positiva entre o bem-estar dos colaboradores e a produtividade. “Esse dado reflete uma mudança significativa na gestão de pessoas, onde a figura do chefe deixa de ser meramente uma autoridade e passa a ser um agente de apoio e inspiração”, comenta o CEO, Board Advisor e Headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, David Braga.

Liderança empática é cada vez mais desejada pelos profissionais. O estudo mostrou que 62% dos líderes empresariais enxergam uma correlação altamente positiva entre felicidade e produtividade, enquanto 32% consideram essa relação moderada. Somente 6% acreditam que a influência da felicidade no desempenho é mínima ou inexistente. Esses dados são um indicativo claro de que as empresas precisam cultivar ambientes saudáveis e líderes engajados para garantir que os colaboradores estejam motivados e produtivos.

Braga comenta que embora o salário continue sendo um fator relevante, as pessoas buscam trabalhar em ambientes onde se sintam valorizadas e tenham apoio para crescer. “Gestores que demonstram empatia e proximidade, promovendo uma cultura organizacional de confiança e bem-estar, têm mais chances de engajar (o termo reter caiu em desuso retém-se presos/ pessoas se engajam) seus talentos e melhorar os resultados da empresa”, enfatiza o CEO.  Ele destaca que o desafio das empresas modernas, portanto, é equilibrar o pacote salarial com um ambiente que promova saúde mental e profissional. Além de benefícios financeiros, o reconhecimento da necessidade de líderes mais humanos e um clima de trabalho favorável são estratégias essenciais para o sucesso organizacional a longo prazo.

“Os profissionais estão muito mais atentos a este processo “de investigação” de como a organização opera com seus colaboradores – sejam eles antigos de casa, sejam aqueles que estão em busca de oportunidades profissionais. Acredito que essa mudança ocorreu porque o poder está compartilhado: a empresa escolhe o profissional que quer ter no seu quadro e este também escolhe onde quer empenhar seus conhecimentos e suas experiências”, finaliza Braga.

 

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