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Infertilidade secundária: Dificuldade de engravidar novamente é mais comum do que parece

Belo Horizonte, novembro de 2024 – Há quem acredite que mulheres que já foram mães uma vez têm facilidade em engravidar novamente. No entanto, a realidade pode ser diferente. A infertilidade secundária é uma condição que afeta cerca de 10% dos casais com filhos e se define pela dificuldade em conceber após um ano de tentativas sem o uso de métodos contraceptivos, mesmo após uma gestação anterior bem-sucedida.


O ginecologista especialista em reprodução humana da clínica Origen e professor de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG, Rodrigo Hurtado, explica que essa condição pode surpreender muitos casais. “Podem ocorrer várias condições clínicas após uma gravidez que dificultam uma próxima, além é claro da possibilidade do fim de um relacionamento e troca de parceiro. Aproximadamente 10% dos casais que já têm filhos terão dificuldade em engravidar novamente”, diz.


As causas da infertilidade secundária variam e incluem desde fatores relacionados à idade até condições de saúde adquiridas ao longo dos anos. “À medida que a idade avança, a capacidade de produção de energia pelas mitocôndrias dentro dos óvulos vai diminuindo progressivamente, levando a um aumento na produção de estruturas defeituosas ou ineficientes no processo de divisão celular, aumentando as chances de embriões geneticamente anormais e abortamentos espontâneos”, explica o especialista.


Além do fator idade, outras condições podem surgir com o tempo ou se agravar, dificultando a concepção. Problemas como miomas, endometriose e diminuição da reserva ovariana estão entre os mais comuns. Para homens, o processo natural de envelhecimento pode influenciar na fertilidade devido à diminuição da produção de testosterona, afetando a qualidade dos espermatozoides. As Infecções Sexualmente Transmissível (IST) também podem ser fatores de risco. “As ISTs podem gerar processos inflamatórios nas trompas e, consequentemente, sua obstrução. Em situações menos comuns, infecções como o HPV requerem tratamento cirúrgico, pois comprometem o útero e podem até levar à sua remoção completa”, comenta o médico.


Quando um casal percebe dificuldades em conceber novamente é importante buscar orientação especializada. “Se, após um ano sem uso de contracepção, não houver gravidez, os parceiros devem procurar atendimento médico com um especialista em infertilidade ou, ao menos, com o ginecologista”, recomenda Hurtado.


Os tratamentos para infertilidade secundária variam de acordo com a causa e podem incluir desde mudanças no estilo de vida até intervenções médicas avançadas. Na clínica Origen, opções como a fertilização in vitro (FIV) oferecem taxas de sucesso de até 70% dependendo da idade da mulher. “Os melhores tratamentos disponíveis são os de reprodução assistida, em particular a fertilização in vitro, que pode ser uma excelente alternativa para casais que enfrentam dificuldades”, orienta.


Para casais que planejam uma segunda gestação no futuro, a preservação da fertilidade pode ser uma opção valiosa, especialmente para mulheres acima dos 35 anos. O congelamento de óvulos, por exemplo, permite preservar a qualidade dos gametas para uma gravidez futura, aumentando as chances de sucesso em tratamentos futuros.


Sobre a Origen


Fundada há mais de 20 anos pelos médicos Marcos Sampaio e Selmo Geber, a Clínica Origen de Medicina Reprodutiva nasceu com o objetivo de centralizar a atenção médica, a disponibilidade da tecnologia e o acolhimento humano no bem-estar e respeito a seus pacientes, auxiliando-os na realização do sonho da maternidade e paternidade.

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